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Dispepsia (CID K30)

equipe de IA na medicina

atualizado 10 de fev. de 2025

por

Time da Simple

O que é

Dispepsia (CID K30)

O código CID K30 refere-se à dispepsia, um termo que descreve desconforto ou dor na região superior do abdômen, frequentemente associado a sintomas como saciedade precoce, queimação e distensão abdominal. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dispepsia afeta cerca de 20% da população global, sendo uma das queixas mais comuns em consultórios médicos.


Etiologia

A dispepsia (CID K30) pode ser classificada em dois tipos principais:

  • Dispepsia orgânica: Associada a condições como úlcera péptica, gastrite, refluxo gastroesofágico ou infecção por Helicobacter pylori.

  • Dispepsia funcional: Sem causa orgânica identificável, frequentemente relacionada a distúrbios da motilidade gástrica ou hipersensibilidade visceral.

De acordo com a American College of Gastroenterology (ACG), a dispepsia funcional é responsável por até 70% dos casos de dispepsia.

Fisiopatologia

A dispepsia (CID K30) envolve múltiplos mecanismos, dependendo da causa:

  1. Distúrbios da motilidade gástrica: Atraso no esvaziamento gástrico ou hipersensibilidade à distensão.

  2. Inflamação da mucosa: Presente em casos de gastrite ou úlcera péptica.

  3. Hipersensibilidade visceral: Aumento da percepção de estímulos normais no trato gastrointestinal.

Um estudo publicado no Journal of Gastroenterology and Hepatology (link) destaca que a dispepsia funcional está frequentemente associada a alterações na microbiota intestinal e no eixo cérebro-intestino.

Sintomas

Os sintomas da dispepsia (CID K30) incluem:

  • Dor ou desconforto na região epigástrica.

  • Sensação de plenitude pós-prandial.

  • Saciedade precoce.

  • Náuseas ou vômitos ocasionais.

  • Queimação ou regurgitação ácida (em casos associados ao refluxo).

Pacientes com dispepsia funcional frequentemente apresentam sintomas crônicos e recorrentes, sem relação com alterações estruturais.

Diagnóstico

O diagnóstico da dispepsia envolve:

  • Histórico clínico: Identificação de sintomas e fatores de risco, como uso de AINEs ou infecção por H. pylori.

  • Exame físico: Avaliação de dor à palpação epigástrica e descarte de sinais de alarme (perda de peso, sangramento digestivo).

  • Exames complementares:

    • Endoscopia digestiva alta para descartar lesões orgânicas.

    • Teste de urease ou exame histológico para detecção de H. pylori.

    • Estudo do esvaziamento gástrico em casos suspeitos de dismotilidade.

A Rome Foundation (link) estabelece critérios diagnósticos para a dispepsia funcional, incluindo a presença de sintomas por pelo menos três meses.

Tratamento

O tratamento da dispepsia deve ser individualizado, considerando a causa e a gravidade dos sintomas:

  1. Dispepsia orgânica:

    • Tratamento da causa subjacente (ex.: erradicação de H. pylori com terapia tripla).

    • Uso de inibidores da bomba de prótons (IBP) para controle da acidez gástrica.

  2. Dispepsia funcional:

    • IBP para alívio da queimação e dor epigástrica.

    • Procinéticos (domperidona) para melhorar a motilidade gástrica.

    • Antidepressivos em baixas doses (amitriptilina) para modulação da sensibilidade visceral.

  3. Mudanças no estilo de vida:

    • Evitar alimentos gordurosos, picantes e ácidos.

    • Fracionar as refeições em pequenas porções.

    • Reduzir o estresse e praticar técnicas de relaxamento.

A World Gastroenterology Organisation (WGO) recomenda uma abordagem multimodal, combinando farmacoterapia e intervenções comportamentais.

Prognóstico

O prognóstico da dispepsia depende da causa e da adesão ao tratamento. Em casos de dispepsia orgânica, a melhora ocorre com o tratamento da condição subjacente. Já a dispepsia funcional pode exigir manejo prolongado, com foco no controle dos sintomas e na qualidade de vida.

Um estudo publicado no American Journal of Gastroenterology (link) mostrou que a terapia com IBP melhora os sintomas em 60% dos pacientes com dispepsia funcional.

Conclusão

A dispepsia (CID K30) é uma condição comum que exige diagnóstico preciso e tratamento individualizado. Como médico, você pode orientar seus pacientes sobre a importância da prevenção e do manejo clínico eficaz.


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