atualizado 10 de fev. de 2025
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Time da Simple
O código CID K29 refere-se à gastrite e duodenite, condições inflamatórias que afetam a mucosa do estômago (gastrite) e do duodeno (duodenite). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a gastrite é uma das doenças digestivas mais comuns, afetando cerca de 50% da população global em algum momento da vida.
A gastrite e a duodenite podem ser causadas por diversos fatores, incluindo:
Infecção por Helicobacter pylori: Principal causa de gastrite crônica e úlceras pépticas.
Uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs): Como ibuprofeno e aspirina, que irritam a mucosa gástrica.
Consumo excessivo de álcool: Pode causar gastrite aguda.
Estresse grave: Associado a gastrite erosiva.
Doenças autoimunes: Como a gastrite atrófica autoimune.
De acordo com a American Gastroenterological Association (AGA), a infecção por H. pylori está presente em até 80% dos casos de gastrite crônica.
A gastrite e a duodenite envolvem processos inflamatórios que danificam a mucosa gástrica e duodenal:
Infecção por H. pylori: A bactéria produz urease, que neutraliza o ácido gástrico e permite sua colonização, causando inflamação.
Lesão por AINEs: Inibição da produção de prostaglandinas, que protegem a mucosa gástrica.
Resposta autoimune: Destruição das células parietais do estômago, levando à gastrite atrófica.
Um estudo publicado no Journal of Clinical Gastroenterology (link) destaca que a inflamação crônica pode levar a complicações, como úlceras e metaplasia intestinal.
Os sintomas da gastrite e duodenite incluem:
Dor ou desconforto abdominal, especialmente na região epigástrica.
Náuseas e vômitos.
Sensação de plenitude gástrica após as refeições.
Perda de apetite.
Em casos de sangramento, pode haver melena (fezes escuras) ou hematêmese (vômito com sangue).
Pacientes com gastrite crônica podem ser assintomáticos ou apresentar sintomas leves e intermitentes.
O diagnóstico da gastrite e duodenite envolve:
Histórico clínico: Identificação de fatores de risco, como uso de AINEs ou infecção por H. pylori.
Exame físico: Avaliação de dor à palpação epigástrica.
Exames complementares:
Endoscopia digestiva alta com biópsia para avaliação da mucosa.
Teste de urease ou exame histológico para detecção de H. pylori.
Exames laboratoriais, como hemograma e dosagem de ferro (para avaliar anemia).
A European Society of Gastrointestinal Endoscopy (ESGE) recomenda a endoscopia como padrão-ouro para o diagnóstico de gastrite e duodenite.
O tratamento depende da causa subjacente:
Infecção por H. pylori:
Terapia tripla com inibidor da bomba de prótons (IBP), claritromicina e amoxicilina por 14 dias.
Em casos de resistência, terapia quádrupla com bismuto.
Gastrite induzida por AINEs:
Suspensão do uso de AINEs, se possível.
Uso de IBP (omeprazol, pantoprazol) para proteção gástrica.
Gastrite erosiva ou hemorrágica:
IBP em doses altas para controle do sangramento.
Em casos graves, endoscopia terapêutica.
Mudanças no estilo de vida:
Evitar álcool, tabaco e alimentos irritantes (picantes, ácidos).
Adotar uma dieta balanceada e fracionada.
A World Gastroenterology Organisation (WGO) reforça a importância do tratamento precoce para prevenir complicações, como úlceras e câncer gástrico.
O prognóstico depende da causa e da adesão ao tratamento. Em casos de gastrite aguda, a melhora ocorre em poucos dias com tratamento adequado. Já a gastrite crônica pode exigir acompanhamento prolongado, especialmente em pacientes com infecção por H. pylori ou gastrite atrófica.
Um estudo publicado no American Journal of Gastroenterology (link) mostrou que a erradicação de H. pylori reduz o risco de úlceras pépticas em 80%.
A gastrite e a duodenite (CID K29) são condições comuns que exigem diagnóstico preciso e tratamento adequado para evitar complicações. Como médico, você pode orientar seus pacientes sobre a importância da prevenção e do manejo clínico eficaz.
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