Perda de Dentes por Razões Não Especificadas (CID K08.1)

equipe de IA na medicina

atualizado 10 de fev. de 2025

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Time da Simple

O que é

Perda de Dentes por Razões Não Especificadas (CID K08.1)

O código CID K08.1 refere-se à perda de dentes por razões não especificadas, uma condição que pode resultar de cárie avançada, doença periodontal, trauma ou outras causas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a perda dentária é um problema global, afetando cerca de 2,3 bilhões de pessoas com cárie não tratada e 530 milhões de crianças com cárie em dentes decíduos.


Etiologia

A perda dentária pode ser causada por diversos fatores, incluindo:

  • Cárie avançada: Principal causa de perda dentária, resultante da desmineralização do esmalte por ácidos bacterianos.

  • Doença periodontal: Inflamação e destruição dos tecidos de sustentação dos dentes.

  • Trauma: Fraturas dentárias ou avulsões devido a acidentes.

  • Fatores sistêmicos: Diabetes, osteoporose ou tabagismo.

De acordo com a American Dental Association (ADA), a perda dentária é mais comum em populações com menor acesso a cuidados odontológicos preventivos.

Fisiopatologia

A perda dentária envolve processos inflamatórios e infecciosos que afetam os tecidos dentários e de sustentação:

  1. Cárie dentária: Resulta da ação de bactérias como Streptococcus mutans, que metabolizam açúcares e produzem ácidos que desmineralizam o esmalte.

  2. Doença periodontal: Inflamação crônica das gengivas e estruturas de suporte, levando à perda óssea e mobilidade dentária.

  3. Trauma: Lesões físicas que danificam a estrutura dentária ou causam avulsão.

Um estudo publicado no Journal of Periodontology (link) destaca que a doença periodontal avançada é responsável por até 50% dos casos de perda dentária em adultos.

Sintomas

Os sintomas associados à perda dentária incluem:

  • Dor ou sensibilidade dentária.

  • Mobilidade dentária.

  • Inchaço ou sangramento gengival.

  • Dificuldade para mastigar ou falar.

  • Alterações na oclusão (mordida).

Pacientes com perda dentária frequentemente apresentam impactos na autoestima e na qualidade de vida.

Diagnóstico

O diagnóstico da perda dentária envolve:

  • Histórico clínico: Identificação de fatores de risco, como má higiene bucal, tabagismo ou trauma.

  • Exame físico: Avaliação da cavidade oral, incluindo inspeção visual e palpação.

  • Exames complementares:

    • Radiografia periapical ou panorâmica para avaliar a extensão da perda óssea.

    • Tomografia computadorizada em casos complexos.

A International Association for Dental Research (IADR) recomenda o uso de imagens radiográficas para planejar a reabilitação oral.

Tratamento

O tratamento da perda dentária depende da causa e da extensão do problema:

  1. Prevenção:

    • Higiene bucal adequada, incluindo escovação e uso de fio dental.

    • Aplicação tópica de flúor para prevenir cáries.

    • Visitas regulares ao dentista para limpezas e check-ups.

  2. Reabilitação oral:

    • Implantes dentários: Substituição de dentes perdidos com implantes de titânio.

    • Próteses dentárias: Removíveis (dentaduras) ou fixas (pontes).

    • Reconstrução óssea: Enxertos ósseos para suporte de implantes.

  3. Tratamento de condições associadas:

    • Controle da doença periodontal com raspagem e alisamento radicular.

    • Tratamento de cáries e restaurações dentárias.

A World Health Organization (WHO) reforça a importância da prevenção e do tratamento precoce para evitar a perda dentária.

Prognóstico

O prognóstico depende da causa da perda dentária e da adesão ao tratamento. Com intervenções adequadas, a maioria dos pacientes pode recuperar a função mastigatória e a estética dental. No entanto, a falta de tratamento pode levar a complicações, como perda óssea progressiva e dificuldades nutricionais.

Um estudo publicado no Journal of Prosthetic Dentistry (link) mostrou que pacientes com implantes dentários têm uma taxa de sucesso de 95% após 10 anos.

Conclusão

A perda de dentes por razões não especificadas (CID K08.1) é uma condição que exige abordagem preventiva e reabilitadora. Como médico, você pode orientar seus pacientes sobre a importância da saúde bucal e encaminhá-los para cuidados especializados quando necessário.


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