atualizado 8 de fev. de 2025
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Time da Simple
O código CID F71 refere-se ao retardo mental moderado, caracterizado por um quociente de inteligência (QI) entre 35 e 49. Indivíduos com essa condição apresentam limitações significativas no funcionamento intelectual e na adaptação ao meio.
As principais causas do retardo mental moderado incluem:
Fatores genéticos: Síndrome de Down, Síndrome do X frágil e outras alterações cromossômicas.
Complicações na gravidez e no parto: infecções congênitas, prematuridade extrema e hipóxia perinatal.
Doenças metabólicas: fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito não tratados.
Fatores ambientais: desnutrição severa, exposição a substâncias tóxicas e negligência no desenvolvimento infantil.
O retardo mental moderado resulta de alterações no desenvolvimento cerebral que afetam a formação de sinapses e a mielinização neuronal. Isso compromete habilidades cognitivas, de linguagem e motoras. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a identificação precoce e intervenções adequadas podem melhorar a qualidade de vida do paciente.
Os principais sintomas incluem:
Déficit cognitivo significativo.
Atraso no desenvolvimento da linguagem.
Dificuldades motoras e na coordenação.
Dependência parcial para atividades diárias.
Dificuldade na interação social.
Maior risco de comorbidades psiquiátricas, como ansiedade e transtornos do humor.
O diagnóstico é clínico e deve ser confirmado por testes neuropsicológicos. De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, os exames recomendados incluem:
Teste de QI: Escala Wechsler para Crianças (WISC) ou para Adultos (WAIS).
Exames genéticos: cariotipagem e painéis genéticos específicos.
Neuroimagem: ressonância magnética cerebral para detectar alterações estruturais.
Triagem neonatal: teste do pezinho para detectar erros inatos do metabolismo.
O tratamento do retardo mental moderado envolve abordagem multidisciplinar. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as principais intervenções incluem:
Estimulação precoce:
Terapia fonoaudiológica para melhora da comunicação.
Fisioterapia para aperfeiçoar habilidades motoras.
Terapia ocupacional para desenvolver autonomia nas atividades diárias.
Educação especial:
Adaptação curricular e apoio pedagógico especializado.
Inclusão escolar e social.
Medicação:
Uso de psicofármacos para tratar comorbidades associadas, como transtornos de ansiedade e hiperatividade.
Suporte familiar:
Aconselhamento para familiares e cuidadores.
Redes de apoio e grupos de suporte para facilitar a inclusão social.
Com acompanhamento adequado, indivíduos com retardo mental moderado podem desenvolver habilidades funcionais importantes para a vida cotidiana. O suporte educacional e terapêutico influencia positivamente a independência e a qualidade de vida.
O retardo mental moderado (CID F71) exige uma abordagem multidisciplinar para maximizar o desenvolvimento do paciente e sua inclusão na sociedade. O tratamento precoce e o suporte adequado são essenciais para garantir melhores resultados.
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