atualizado 10 de fev. de 2025
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Time da Simple
O código CID M51 refere-se aos transtornos de discos intervertebrais, condições que afetam os discos localizados entre as vértebras da coluna, como hérnia de disco, degeneração discal e compressão nervosa. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dor lombar relacionada a problemas discais é uma das principais causas de incapacidade global, afetando cerca de 80% da população em algum momento da vida.
Os transtornos de discos intervertebrais podem ser causados por:
Degeneração discal: Envelhecimento natural dos discos, com perda de hidratação e elasticidade.
Traumas: Lesões por levantamento de peso, quedas ou acidentes.
Fatores genéticos: Predisposição para degeneração precoce dos discos.
Má postura e sedentarismo: Fatores que aumentam a carga sobre a coluna.
De acordo com a North American Spine Society (NASS), a hérnia de disco é mais comum na região lombar (L4-L5 e L5-S1) e cervical (C5-C6).
Os transtornos de discos intervertebrais envolvem alterações na estrutura e função dos discos:
Degeneração discal: Perda de água e proteoglicanos, levando à redução da altura do disco e aumento da rigidez.
Hérnia de disco: Extrusão do núcleo pulposo através do ânulo fibroso, causando compressão nervosa.
Compressão radicular: Irritação ou lesão das raízes nervosas, resultando em dor radicular (ciática).
Um estudo publicado no Spine Journal (link) destaca que a degeneração discal está presente em até 90% dos indivíduos acima de 50 anos.
Os sintomas dos transtornos de discos intervertebrais incluem:
Dor lombar ou cervical: Localizada ou irradiada para membros inferiores (ciática) ou superiores (braquialgia).
Formigamento ou dormência: Ao longo do trajeto do nervo afetado.
Fraqueza muscular: Dificuldade para caminhar ou segurar objetos.
Rigidez matinal: Melhora com o movimento.
Pacientes com hérnia de disco frequentemente apresentam dor aguda e incapacitante, especialmente ao levantar peso ou permanecer sentado por longos períodos.
O diagnóstico dos transtornos de discos intervertebrais envolve:
Histórico clínico: Identificação de fatores de risco, como atividades laborais ou histórico de trauma.
Exame físico: Testes como o de elevação da perna estendida (Lasègue) para avaliar compressão nervosa.
Exames complementares:
Ressonância magnética para visualizar hérnia de disco e compressão nervosa.
Radiografia para avaliar alinhamento vertebral e degeneração óssea.
A American College of Radiology (ACR) recomenda o uso de ressonância magnética como padrão-ouro para o diagnóstico de hérnia de disco.
O tratamento depende da gravidade dos sintomas e da localização da lesão:
Tratamento conservador:
Analgésicos (paracetamol) e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs).
Relaxantes musculares para alívio de espasmos.
Fisioterapia com exercícios de fortalecimento e alongamento.
Intervenções minimamente invasivas:
Infiltrações com corticosteroides para redução da inflamação.
Bloqueios nervosos para alívio da dor radicular.
Cirurgia:
Discectomia para remoção do disco herniado.
Fusão vertebral (artrodese) em casos de instabilidade.
Substituição do disco por prótese (artroplastia).
A American Association of Neurological Surgeons (AANS) recomenda a cirurgia apenas para pacientes com déficit neurológico progressivo ou dor refratária ao tratamento conservador.
O prognóstico depende da gravidade da lesão e da adesão ao tratamento. A maioria dos pacientes com hérnia de disco apresenta melhora significativa com tratamento conservador em 6-12 semanas. No entanto, casos crônicos ou graves podem exigir intervenção cirúrgica.
Um estudo publicado no Journal of Neurosurgery: Spine (link) mostrou que a discectomia melhora os sintomas em 90% dos pacientes com hérnia de disco lombar.
Os transtornos de discos intervertebrais (CID M51) são condições que exigem diagnóstico preciso e tratamento individualizado. Como médico, você pode orientar seus pacientes sobre as melhores estratégias de manejo e reabilitação.
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