atualizado 10 de fev. de 2025
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Time da Simple
O código CID M23 refere-se aos transtornos internos do joelho, um grupo de condições que afetam estruturas como meniscos, ligamentos e cartilagem articular. Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), as lesões no joelho estão entre as mais comuns em consultórios ortopédicos, representando cerca de 30% das queixas musculoesqueléticas.
Os transtornos internos do joelho podem ser causados por:
Traumas: Lesões esportivas, acidentes ou quedas.
Degeneração: Artrose (osteoartrite) do joelho.
Anormalidades congênitas: Displasia ou malformações articulares.
Sobrecarga: Atividades repetitivas que causam desgaste articular.
De acordo com a American Academy of Orthopaedic Surgeons (AAOS), as lesões meniscais são as mais frequentes, representando até 60% dos casos de dor no joelho.
Os transtornos internos do joelho envolvem alterações nas estruturas articulares:
Lesões meniscais: Rompimento ou degeneração dos meniscos, que atuam como amortecedores do joelho.
Lesões ligamentares: Ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) ou colateral.
Artrose: Degeneração da cartilagem articular, levando a dor e rigidez.
Instabilidade articular: Resultado de lesões crônicas ou malformações.
Um estudo publicado no Journal of Bone and Joint Surgery (link) destaca que a artrose do joelho é a principal causa de incapacidade funcional em idosos.
Os sintomas dos transtornos internos do joelho incluem:
Dor localizada, especialmente ao flexionar ou estender o joelho.
Inchaço ou derrame articular.
Sensação de falseio ou instabilidade.
Bloqueio articular (em casos de lesão meniscal).
Rigidez matinal ou após períodos de inatividade.
Pacientes com artrose frequentemente apresentam dor progressiva e limitação funcional.
O diagnóstico dos transtornos internos do joelho envolve:
Histórico clínico: Identificação de trauma, atividades esportivas ou sintomas crônicos.
Exame físico: Testes específicos, como o de McMurray (lesão meniscal) ou Lachman (lesão do LCA).
Exames complementares:
Radiografia para avaliar artrose ou fraturas.
Ressonância magnética para visualizar lesões meniscais e ligamentares.
A European Society of Sports Traumatology, Knee Surgery and Arthroscopy (ESSKA) recomenda o uso de ressonância magnética como padrão-ouro para o diagnóstico de lesões internas do joelho.
O tratamento depende da causa e da gravidade da lesão:
Lesões meniscais:
Tratamento conservador com fisioterapia e anti-inflamatórios.
Cirurgia artroscópica para reparo ou remoção do menisco lesionado.
Lesões ligamentares:
Reabilitação com fortalecimento muscular e propriocepção.
Reconstrução cirúrgica do ligamento em casos de instabilidade grave.
Artrose do joelho:
Analgésicos (paracetamol) e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs).
Infiltrações com corticosteroides ou ácido hialurônico.
Cirurgia de artroplastia (prótese) em casos avançados.
Reabilitação:
Fisioterapia para fortalecimento muscular e melhora da amplitude de movimento.
Atividades de baixo impacto, como natação ou ciclismo.
A International Society of Arthroscopy, Knee Surgery and Orthopaedic Sports Medicine (ISAKOS) recomenda uma abordagem individualizada, considerando a idade, nível de atividade e gravidade da lesão.
O prognóstico depende do tipo de lesão e da adesão ao tratamento. Lesões meniscais e ligamentares têm bom prognóstico com tratamento adequado, enquanto a artrose pode exigir manejo prolongado.
Um estudo publicado no American Journal of Sports Medicine (link) mostrou que pacientes submetidos à reconstrução do LCA têm uma taxa de retorno ao esporte de 80% após um ano.
Os transtornos internos do joelho (CID M23) são condições que exigem diagnóstico preciso e tratamento individualizado. Como médico, você pode orientar seus pacientes sobre as melhores estratégias de manejo e reabilitação.
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