O que significa CID E66?
O CID E66 é o código da Classificação Internacional de Doenças (CID) para a obesidade. Trata-se de uma condição crônica caracterizada pelo excesso de gordura corporal que pode impactar negativamente a saúde. A obesidade é subdividida em graus com base no índice de massa corporal (IMC), auxiliando no manejo e tratamento adequados.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade está associada a várias comorbidades, como diabetes tipo 2 (CID E11), hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.
Etiologia
A obesidade resulta de uma combinação de fatores:
Genética: Predisposição herdada que afeta o metabolismo e o armazenamento de gordura.
Ambiental: Dieta rica em calorias e alimentos ultraprocessados.
Comportamental: Sedentarismo, maus hábitos alimentares e distúrbios psicológicos, como compulsão alimentar.
Hormonais e metabólicos: Alterações no eixo hipotálamo-hipófise, incluindo resistência à leptina.
Fisiopatologia
A obesidade envolve um desequilíbrio entre consumo e gasto energético, resultando em armazenamento excessivo de gordura. Esse acúmulo provoca:
Inflamação crônica de baixo grau, prejudicando tecidos e órgãos.
Aumento da resistência à insulina, levando ao risco de diabetes tipo 2 (CID E11).
Alterações na microbiota intestinal, agravando a condição.
Anamnese médica
Perguntas essenciais para anamnese:
Histórico familiar de obesidade ou comorbidades associadas?
Hábitos alimentares: qualidade, quantidade e frequência?
Frequência e tipo de atividade física?
Episódios de compulsão ou transtornos alimentares?
Presença de apneia do sono ou fadiga excessiva?
Exames
Os exames recomendados incluem:
Glicemia de jejum: Avalia risco de diabetes tipo 2 (CID E11).
Perfil lipídico: Detecta dislipidemia.
Função tireoidiana (TSH, T4 livre): Exclui hipotireoidismo (CID E03).
Hemoglobina glicada (HbA1c): Monitora glicemia a longo prazo.
Ultrassonografia abdominal: Identifica esteatose hepática.
Exame clínico
No exame clínico, avalie:
IMC: Calculado dividindo o peso pela altura ao quadrado. Valores ≥ 30 kg/m² indicam obesidade.
Circunferência abdominal: Homens > 102 cm e mulheres > 88 cm indicam risco metabólico.
Sinais de comorbidades: Como hipertensão arterial ou sinais de resistência à insulina.
Sinais e sintomas
Os sintomas incluem:
Dispneia ao menor esforço.
Dores articulares devido ao excesso de peso.
Alterações dermatológicas, como acantose nigricans.
Fadiga crônica e apneia do sono.
Diagnóstico
Para o diagnóstico de obesidade, baseie-se no IMC:
Sobrepeso: 25 a 29,9 kg/m².
Obesidade grau I: 30 a 34,9 kg/m².
Obesidade grau II: 35 a 39,9 kg/m².
Obesidade grau III (mórbida): ≥ 40 kg/m².
Tratamento
O tratamento da obesidade é multidisciplinar:
Alteração de hábitos alimentares:
Dieta balanceada com frutas, verduras, proteínas magras e fibras.
Redução de alimentos ultraprocessados.
Atividade física:
Aeróbica (150 minutos/semana).
Musculação para aumentar massa magra.
Medicações:
Orlistate, liraglutida e outros conforme prescrição.
Tratamento cirúrgico:
Indicado para obesidade grau III ou grau II com comorbidades graves.
Prognóstico
Com adesão ao tratamento, é possível reduzir significativamente os riscos associados. Contudo, a obesidade requer manejo contínuo devido à alta taxa de recidiva. Melhorias no IMC de apenas 5 a 10% já impactam positivamente na saúde geral.
Conclusão
Controlar a obesidade (CID E66) é um desafio, mas avanços em estratégias terapêuticas e tecnologia tornam o manejo mais eficaz. Quer transformar sua prática médica otimizando o manejo clínico e diagnósticos com tecnologia de ponta? Conheça a Simple.